O empresário de Indaial Isael Venturi e seu irmão Isonir Venturi, foram considerados culpados pelo Conselho de Sentença durante julgamento na Comarca de Rio do Sul pelos crime de homicídio qualificado e ocultação de cadáver tendo como vítima Vanisse Helena Vieira Venturi, desaparecida desde o mês de julho de 2022 em Agronômica.
A Sessão de julgamento que iniciou ontem (30), foi finalizada na madrugada desta sexta-feira (31) e foi presidida pelo Juiz Titular da Vara Criminal Claudio Marcio Areco Junior. O Ministério Público teve atuação conjunta da Promotora Lanna Gabriela Bruning Simoni e do Promotor Felipe de Oliveira Neiva.
Isonir Venturi, marido de Vanisse foi condenado a 24 anos pelo crime de homicídio qualificado e a 1 ano e 9 meses por ocultação de cadáver. Já o empresário Isael Venturi foi sentenciado a pena 1 ano, 6 meses e 20 dias por ocultação de cadáver. O Conselho de Sentença, formado por sete jurados, condenou os réus e o juiz Claudio Marcio fez a dosimetria da pena.
Após mais de 20h de julgamento, o Conselho de Sentença se convenceu que dois irmãos acusados pela morte de uma mulher erma culpados. Segundo a denúncia do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), embora o corpo ainda não tenha sido localizado, ficou claro pelas provas colhidas, bem como pelos “robustos relatórios do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) e pelas investigações da Polícia Civil”, que a vítima foi morta pelo marido, o qual ocultou o corpo com a ajuda do irmão dele.
Nos crimes que deixam vestígios, tais como o delito de homicídio, em regra, é realizado o exame direto consistente no exame de corpo de delito. Todavia, nos casos em que ausentes tais vestígios, a lei processual penal admite que seja feito o exame indireto, por meio de testemunhas, documentos, laudos periciais, reprodução simulada dos fatos e outras provas que auxiliem a elucidar a materialidade do crime”, explicou a Promotora de Justiça Lanna Gabriela Bruning Simoni.
Assim, o conjunto probatório amealhado aos autos permitiu um juízo de certeza e convicção por parte dos jurados acerca da materialidade, ainda que não tenha sido encontrado o corpo da vítima , permitindo, por consequência, a votação pela condenação dos acusados, sustenta o Promotora de Justiça, que conclui ser esta a forma como a lei evita a impunidade em casos como esse.
A Defesa de Isael e seu irmão Isonir vai recorrer da sentença junto ao Tribunal de Justiça de Santa Catarina.
Conforme legislação vigente, mesmo condenado , o empresário indaialense vai cumprir pena em regime semiaberto, com direito a cumprimento da pena em liberdade.
Fonte: Vale do Itajaí notícias/ Judson Lima